Observação de baleias no Rio de Janeiro: guia completo!

Chegou uma das épocas mais lindas do ano: o período de observação de baleias jubarte no litoral do Rio de Janeiro!

Neste período, as baleias passam pelo Rio de Janeiro devido à sua migração sazonal, onde elas vêm das regiões polares, em que se alimentam, em busca de águas mais quentes para se reproduzirem e darem à luz.

Essa é uma época mágica no Rio e dá para fazer um passeio de barco para avistá-las de pertinho, mas é preciso escolher uma empresa séria nesse processo, para que todas as leis e regras de boas práticas sejam seguidas.

Por isso, hoje o Visit Rio traz um guia completo sobre a observação de baleias no Rio. Confira!

O que você vai encontrar neste conteúdo:

• Onde tudo começa: Projeto Baleia Jubarte
• Por que as baleias-jubarte passam pelo Brasil
• O turismo de observação de baleias-jubarte
• O que você pode observar as baleias fazendo durante o passeio
• O que é PROIBIDO na hora da observação
• Com quem posso fazer o passeio de observação de baleias-jubarte no Rio de Janeiro?

Começa em 1987 (ano em que a caça da espécie foi proibida no Brasil) a história do programa de conservação de baleias e golfinhos mais importante do mundo. Foi no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos a descoberta da presença de uma pequena população remanescente de baleias-jubarte, entendendo aquela região como um “berçário” da espécie, então muito ameaçada de extinção, no Oceano Atlântico Sul.

Assim nasceu o Projeto Baleia Jubarte, a fim de promover a proteção e pesquisa destes mamíferos no Brasil.

Em 1988 foram realizados os primeiros cruzeiros para fotografar as baleias-jubarte e as primeiras tentativas de estudar esses animais a partir de uma estação em terra no arquipélago dos Abrolhos. Com o crescimento das atividades e a entrada da Petrobras como principal patrocinadora, o Projeto deu origem, em 1996, ao Instituto Baleia Jubarte, organização não-governamental sem fins lucrativos que possui como missão conservar as baleias-jubarte e outros cetáceos do Brasil.

Com a expansão gradual da população brasileira de jubartes e sua retirada da lista oficial brasileira de espécies ameaçadas de extinção em 2014, as atividades de pesquisa, educação e capacitação para o Turismo de Observação também foram sendo expandidas pelo Projeto, visando fazer frente aos novos desafios de conservação que vão surgindo com essa expansão.

Ou seja, se hoje temos TANTAS baleias-jubarte passando pelas nossas águas, é tudo graças ao trabalho incrível do Projeto Baleia Jubarte! Por isso, é importante seguirmos REGRAS para a conservação!

Podendo chegar a 16 metros de comprimento e pesar cerca de 40 toneladas, a baleia-jubarte se alimenta de krill (pequenos camarões do plâncton marinho) e pequenos peixes encontrados nas águas ao redor da Antártida, principalmente no entorno das ilhas Georgia e Sandwich do Sul, onde passa o verão.

Isso acontece logo antes de migrar para a costa brasileira, buscando águas mais quentes para se reproduzir, parir e amamentar seus filhotes, que já nascem com cerca de quatro metros de comprimento e pesando pouco mais de uma tonelada.

De Junho a novembro é o período em que elas podem ser avistadas com frequência no mar brasileiro, principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste, fazendo essa migração, que soma mais de 4000km.

Atualmente, a observação de baleias e golfinhos rende mais de dois bilhões de dólares por ano nos mais de 100 países e territórios onde é praticada. Além do ganho econômico, o turismo de observação, quando realizado adequadamente, faz chegar a milhares de pessoas a educação e sensibilização sobre a vida das baleias, o ambiente marinho e suas necessidades de proteção.

Ainda, amplia a base social de apoio à conservação, agregando valor a esses animais junto às comunidades onde o turismo é praticado e oferece oportunidades excelentes para a pesquisa.

Agora, chegou a hora de falar do passeio!

O momento em que assistimos, emocionados, as baleias brilharem!

Nesta hora, além do tradicional borrifo que anuncia sua presença, formado na hora da respiração da baleia, existem diversas atividades à superfície que fazem parte do seu repertório de movimentos. Exposição da cauda, batidas das nadadeiras peitorais ou caudal, e o momento mais esperado – os magníficos saltos fora d’água – todos são realizados e observados nas áreas de reprodução.

Quando somos presenteados com algum destes, é motivo de festa!

Para que o seu passeio seja um sucesso, existem regras que precisam ser cumpridas para não prejudicar ninguém, nem as baleias, nem as pessoas. 

A aproximação com as baleias deve ser feita de forma cautelosa e, em nenhuma possibilidade, alguma das ações abaixo pode ser tomada:

• Aproximar-se de qualquer espécie de baleia com o motor engrenado a menos de 100m de distância do animal mais próximo. O motor deverá ser obrigatoriamente mantido em neutro.
• Reengrenar o motor para afastar-se do grupo antes de avistar claramente a(s) baleia(s) na superficie a uma distância de, no mínimo, 50m da embarcação.
• Perseguir, com o motor ligado, qualquer baleia por mais de 30 minutos, mesmo que as distâncias estipuladas estejam sendo respeitadas.
• Interromper o curso de deslocamento de cetáceo(s) de qualquer espécie, tentar alterar seu curso ou dispersar o grupo.
• Aproximar-se de um indivíduo ou grupo de baleias que já esteja submetido, no mesmo momento, à aproximação de duas embarcações.
• Mergulhar ou nadar com qualquer espécie de baleia ou outros cetáceos.
• A aproximação de qualquer aeronave aos cetáceos em altitude inferior a 100m sobre o nível do mar

Na hora de fazer um passeio tão importante para o turismo sustentável e ecológico, é importante escolher uma empresa segura, que esteja em dia com suas obrigações e siga todas as regras de observação de baleias.

Nada de escolher embarcações clandestinas baratas! Isso prejudica o meio ambiente e coloca em risco a sua vida!

Em breve, a lista de empresas autorizadas pela marinha estará disponível aqui.