O Aurora é um dos poucos estabelecimentos com mais de 100 anos de vida no Rio. Nos tempos em que os restaurantes se chamavam casas de pasto e os botequins eram conhecidos como petisqueiras, a casa logo ficou conhecida por servir comida farta e de qualidade. Isso em 1898, quando abriu as portas na Rua Capitão Salomão, esquina com Visconde de Caravelas, em Botafogo, quando sequer existia o time de futebol que homenageia o seu bairro de origem. Um lugar que atravessou três séculos, e que apresenta a sua melhor forma.
Hoje, 127 anos depois, o Aurora reforça a sua identidade lusitana, mas com a alma carioca de quem tem um público jovem, desde jovens que frequentam aquela área boêmia até clientes mais velhos, que vão em busca de comida boa, chope gelado e serviço agradável – três marcas desse lugar histórico.
Um dos emblemas do Aurora é o seu cozido, servido aos domingos, a partir das 11h. Quem quiser garantir a sua porção deve chegar cedo, pois é muito comum que acabe antes das 15h, pois a tiragem é limitada.
A receita mescla influências portuguesas com as brasileiras, trazendo elementos culinários dos dois países. A preparação começa no dia anterior, quando começam a cozinhar lentamente as carnes: peito bovino, costela, lombo e linguiça, com especiarias e temperos naturais, formando um caldo muito especial, que dá origem a um pirão de respeito.
Essa base é usada no domingo de manhã para cozinhar batatas, nabos, batata-doce, cenoura, milho, couve e repolho, para que todos sejam felizes, juntando feijão branco e arroz como guarnição.
No ano passado a chef Beatriz Capão, que comanda a cozinha reforçando o DNA português do local, lançou uma novidade muito bem bolada para os meses mais frios do ano. A empada de cozido, que é servida a partir das 17h, na estufa que enfeita o balcão. Ela está de volta a partir de amanhã, dia 3 de julho. O salgado está de volta ao menu, em edição especial de inverno: aproveite, melhor ainda com a potente pimenta da casa.
Endereço: Rua Cap. Salomão, 43 – Humaitá, Rio de Janeiro
Instagram: @aurorahumaita
